Ferido de Pedrogão Grande internado em Espanha por ter melhores condições de enxertos de pele

                                                  Fig.1 - Incêndio de Pedrogão Grande 
NOTÍCIA





Carlos Guerreiro é um dos feridos mais graves do incêndio de junho e estava até agora internado em Espanha, sem poder dar o seu apelido ao filho que nasceu entretanto. Chegou a Coimbra esta semana.
“Agora pego no carro e vou a Coimbra ver o Carlos todos os dias. Vai-se a ver e até gasto menos dinheiro do que andava a gastar a ir a Espanha uma vez por mês.” Patrícia Santos está determinada em acompanhar Carlos, o companheiro, em cada momento do processo de recuperação. Oito meses depois, um dos feridos mais graves do incêndio de Pedrógão Grande está de regresso a Portugal, internado no Hospital de Coimbra, onde chegou esta terça-feira. A companheira Patrícia, de 29 anos, está “animada”, como não se sentia há muitos meses.
Carlos Guerreiro, de 43 anos, ficou com 85% do corpo queimado ao fugir do fogo na estrada entre Mosteiro e Troviscais, onde estava a apanhar lenha com o cunhado quando o fogo lhes chegou. “A última vez que tentei entrar em contacto com ele, estava a ver da janela as chamas perto do IC8. Foi aí que percebi que algo estava errado”
O estado de saúde de Carlos era tão delicado que foi transferido para o Hospital La Fé, em Valência (Espanha), onde a tecnologia para os enxertos de pele é mais avançada e lhe garantia maiores hipóteses de sobrevivência. Oito meses depois, a sobrevivência está, para já, assegurada — falta saber como será o resto da recuperação. Em Coimbra, conta Patrícia, Carlos está a ser reavaliado pela equipa médica portuguesa. “Amanhã já deverei saber mais coisas”, conta a companheira, ainda sem conseguir acreditar que o dia que mais desejava — que Carlos regressasse para ao pé de si e da família — chegou.
Patrícia contou com o apoio do Hospital de Coimbra para poder visitar Carlos em Valência uma vez por mês, desde finais de agosto. La Fé fica a mais de 800 quilómetros de distância de Pedrógão Grandee Patrícia está atualmente desempregada, razões pelas quais não tinha meios para conseguir visitar o companheiro sem essa ajuda. O Hospital tem-lhe garantido apoio psicológico ao longo de todo este processo.
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COMENTÁRIO




O sistema imunitário mediado por células é o responsável pela rejeição que se verifica quando se efetuam enxertos de tecidos ou se fazem transplantes de órgãos em que existem diferenças bioquímicas importantes entre o dador e o recetor. 
Em diferentes situações clínicas é necessário recorrer a transplantes de órgãos ou de tecidos como é o caso de Carlos que precisou de um transplante de tecidos de um dador. 
Para minimizar as reações de rejeição no organismo humano, procuram-se tecidos ou órgãos que sejam, tanto quanto possível, compatíveis com as características bioquímicas do recetor. 
Quando ocorrem queimaduras graves de pele, neste caso, como as do Carlos, recorrem-se a enxertos nas zonas queimadas. 
Para evitar a rejeição de enxertos de um dador, aplicam-se também ao recetor várias drogas que suprimem a resposta imunitária, mas estas drogas comprometem também a capacidade do sistema imunitário em relação a outras infeções. 


Bibliografia





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