NOTÍCIA
Era pequeno - aproximadamente do tamanho de um canguru - e era herbívoro. Seria um bom corredor, porque teria "poderosas pernas traseiras" e pertence à família dos Ornitópodes. Galleonosaurus dorisae é o nome da recém descoberta espécie de dinossauro em Gippsland, uma região no sul da Austrália, apresentada num estudo publicado pelo Jornal of Paleontology, esta segunda-feira.
Foi através de cinco maxilares fossilizados encontrados entre rochas do período Cretáceo, com 125 milhões de anos, que os cientistas identificaram a nova espécie com o auxilio de técnicas de digitalização e de impressão de microtomografia 3D. Segundo o principal autor do estudo, Matthew Herne da Universidade de Nova Inglaterra, esta é a primeira vez que foi possível detetar a que período pertence um dinossauro australiano a partir do seu maxilar.
O nome Galleonosaurus dorisae vem da forma do maxilar superior, que fará lembrar o casco de um veleiro que tem o nome de Galeão.
Este é o quinto ornitópode descoberto no vale do Rift (uma floresta com cerca de 4000 km que no período Jurássico se estendia da Austrália à Antártida) e o segundo na região de Gippsland. O primeiro foi o Qantassaurus interpidus, em 1999. "Parece-nos que estes dois dinossauros de tamanhos semelhantes eram ambos herbívoros, ainda que se alimentassem de diferentes géneros de plantas, o que fazia com que fosse possível coexistirem", indicou o professor Matthew Herne, citado pela ABC.
A investigação concluiu ainda que existe uma ligação próxima entre os ornitópodes do sul da Austrália e os da Patagónia. "Cada vez mais consolidamos a ideia de intercâmbio entre dinossauros terrestres num supercontinente chamdo Gonduana que unia a Austrália, a América do Sul e a Antártica, durante o período Cretáceo", disse o responsável pelo estudo à CNN.
Consultado a 16/03 Às 18h00:
https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/uma-nova-especie-de-dinossauro-foi-descoberta-no-sul-da-australia--10667272.html
COMENTÁRIO
A descoberta de mais um dinossauro contribui para a encenação da era mesozóica, mais em concreto, ao último período: Cretáceo. Os dinossauros eram os animais dominantes no Planeta Terra à 65M.a e foram extintos iniciando uma nova era. De facto, a ciência deixa-nos imensos mistérios para os quais nós tentamos procurar respostas, ela diferencia-se por um pequeno aspeto: esta possui o método que nos permite concluir se as nossas explicações/hipóteses estão ou não próximas da realidade.
Encontrar uns ossos, vulgo rochosos, limpa-los e estuda-los para depois expor num museu. Ao início parece algo banal, mas não, faz parte da Paleontologia - ciência que estuda os fósseis - e eu diria que, hoje, é umas das ciências mais importantes que existe, tão importante que se ela fosse erradicada, a humanidade não conseguiria sobreviver, ora vejamos: todas as nossas atividades de hoje em dia giram, de alguma forma, em torno do consumo de combustíveis fósseis - petróleo, carvão mineral e gás natural. Sem um paleontólogo não conseguiríamos fazer a prospecção dos resíduos fósseis.
Apesar de os fósseis, não contribuirem para a produção de energia, eles ajudam a definir conhecimento, isto é, a corroborar ou criticar determinadas teorias científicas, tal como a teoria proposta por Darwin: A Seleção Natutal. A descoberta de fósseis ajudaram-nos a concluir que o Archaeopteryx na verdade era um dinossauro emplumado e que as aves eram, na verdade, um grupo muito diferente de dinossauros.
Concluindo, o estudo dos fósseis ajuda-nos a pensar em como as coisas ocorreram no passado e a aproximar as nossas teses do conhecimento verdadeiro.
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